SUGESTÕES PARA TRABALHAR COM POEMAS.
CHAMEM O POETA!
Sequência didática:
Sugestão de atividade:
-Encontrar respostas para as perguntas do poema "Chamem o poeta", de Dilan Camargo.
Professor, você vai precisar de:
-cópias do poema "Chamem o poeta", de Dilan Camargo; e cópias, apenas das perguntas desse poema (no final desta sugestão).
Objetivos:
-compreender a intenção do poeta;
-encontar possíveis soluções para as perguntas feitas no poema;
-comparar a solução dada pelos alunos à solução do poeta.
Atividade:
Entregue aos alunos cópias das perguntas do poema (logo abaixo). Peça para eles encontrarem possíveis soluções e registrarem na própria folha. Depois convide os alunos a lerem as respostas que deram, e então inicie o trabalho de comparação de ideias tanto das dos alunos com as do poeta, como as dos alunos entre si, entregando o poema na íntegra. Essa é uma atividade para promover o debate e respeito de ideias.
Perguntas do poema:
Chamem o poeta
Algum mal nos afeta?
Está torta a reta?
Não se alcança a meta?
Quem desvirtuar o asceta?
A multidão se inquieta?
A plateia é seleta?
O governo decreta?
A conta é secreta?
A dama é discreta?
O ator não interpreta?
Não adiantou a dieta?
A maquiagem está incompleta?
Ninguém segue a seta?
O avô renega a neta?
O menino caiu da bicicleta?
Conflito burguês x proleta?
O lixeiro não faz coleta?
Um espinho nos espeta?
Não sai a eleição direta?
Se um for pouco
chamem um enxame.
Não importa que mais chamem
do que amem o poeta.
Chamem o poeta!
Chamem o poeta!
(Dilan Camargo)
Poema completo:
Chamem o poeta
Algum mal nos afeta?
Chamem o poeta
Está torta a reta?
Chamem o poeta
Não se alcança a meta?
Chamem o poeta
Quem desvirtuar o asceta?
Chamem o poeta
A multidão se inquieta?
Chamem o poeta
A plateia é seleta?
Chamem o poeta
O governo decreta?
Chamem o poeta
A conta é secreta?
Chamem o poeta
A dama é discreta?
Chamem o poeta
O ator não interpreta?
Chamem o poeta
Não adiantou a dieta?
Chamem o poeta
A maquiagem está incompleta?
Chamem o poeta
Ninguém segue a seta?
Chamem o poeta
O avô renega a neta?
Chamem o poeta
O menino caiu da bicicleta?
Chamem o poeta
Conflito burguês x proleta?
Chamem o poeta
O lixeiro não faz coleta?
Chamem o poeta
Um espinho nos espeta?
Chamem o poeta
Não sai a eleição direta?
Chamem o poeta
Se um for pouco
chamem um enxame.
Não importa que mais chamem
do que amem o poeta.
Chamem o poeta!
Chamem o poeta!
(Dilan Camargo)
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NOSSOS POEMAS!
Sequência didática
-Objetivos:
-promover a produção poética;
-compreender o que é ser "poeta" e o que é poesia".
-Professor, você vai precisar de cópias dos seguintes poemas:
Convite, de José Paulo Paes; Tem tudo a ver, de Elias José; Poeta e A bagagem do poeta, de Roseana Murray.
-Atividade:
Converse com os alunos sobre o que é ser poeta. Deixe que exponham suas ideias. Leia para eles os poemas de Rosena Murray (no final desta sequência). Discuta sobre as verdades do poema; faça observações para as ideias presentes nos poemas, como por exemplo, será que um poeta colhe mesmo vaga-lumes, o que significa "colher vaga-lumes", etc., explore bem o significado dos versos e do sentido geral dos poemas, deixe os alunos perceberem que um poeta pode tudo, no seu poema.
Depois, distribua os poemas de Elias José e José Paulo Paes (que estão na página principal do blog); agora é hora de entender o que é escrever poemas. Discuta com os alunos a respeito das ideias dos poetas sobre o tema "escrever poema". Por exemplo, ajude os alunos a encontrar os temas que podem ser utilizados para escrever um poema, como no poema "Tem tudo a ver", de Elias José, o poeta mostra que a poesia pode falar de pessoas, de objetos, de sentimentos, de acontecimentos, pode falar de tudo que existe no mundo. Deixe claro, para os alunos, que a poesia é como o poeta vê o mundo e as coisas nele existentes, para isso o poeta utiliza como quiser as palavras, podendo falar desde coisas pequenas e grandes, ou coisas tristes e alegres até belas, assim o poeta fala de tudo o que ele quiser.
Faça a mesma exploração com o poema "Convite", de José Paulo Paes.
Agora, chegou a hora de criação dos alunos: Peça a eles que respondam em forma de poema uma das seguintes perguntas: "O que é ser poeta?" ou "O que é escrever poemas?". Diga a eles que podem usar os recursos até agora estudados, como rimas, repetição de versos, ou se desejarem o poema não precisa rimar, aliterações, etc.
Poeta
quando eu era pequena
queria ser astrônoma
sonhava com lunetas
e mapas celestes.
não deu, a vida foi me levando
por outros caminhos,
então devagarinho,
fui virando poeta.
(Roseana Murray)A bagagem do poeta
Um poeta arruma a bagagem:
o circo que carrega desde
a mais longínqua infância,
com sua lona furada,
por onde choviam estrelas cadentes.
Dentro da maleta
uma bailarina e três segredos,
guardados
no fundo da sapatilha esgarçada,
o mago e o dicionário de palavras
mágicas, quase inexistentes;
um acrobata e a escada de vento
para subir nos telhados
e colher vaga-lumes.
(Roseana Murray)AS PRODUÇÕES DOS ALUNOS PODEM SER VISTAS NA PÁGINA PRINCIPAL DO BLOG, COM O TÍTULO "NOSSOS POEMAS..."
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POEMA DA TURMA
Sequência didática:
Escrevendo um poema coletivo.
Professor você vai precisar de:
-cópias do poema "Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz", de Otavio Roth;
-dicionários da Língua Portuguesa.
Objetivos:
-identificar rimas;
-criar rimas.
Atividade:
Entregue aos alunos aa cópias do poema "Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz", de Otavio Roth. Peça a eles que contem sobre as coisas do dia a dia ("coisinhas à toa) que os deixam felizes. Talvez alguns falem de coisas grandes e importantes, como a paz no mundo ou a preservãção do meio ambiente. Mas insista para que pensem em coisas simples. Então, leia o texto para eles.
Pergunte aos alunos que sensações e sentimentos o texto apresenta? Discuta a sonoridade que o escritor conseguiu no poema. Que sons se repetem no texto? Quais são as palavras que rimam? Copie o texto na lousa e assinale as rimas junto com os alunos.
Lance o desafio. Vamos screver o nosso "Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz"? O texto não precisa ter, necessariamente, duas dúzias. Pode ter a quantidade que acharem conveniente.
Peça aos alunos que pensem em "coisinhas' que os dixam felizes. Escreva no quadro as "coisinhas" que pensaram.
Peça que procurem palavras para enriquecer suas rimas; para tanto, sugira que façam listas e procurem no dicionário. Os alunos devem evitar o uso do aumentativo e diminutivo para não ficar fácil demais. Quando for preciso, ajude -os com sugestões.
Escreva, no quadro, as coisinhas encontradas, e oriente os alunos na montagem do poema coletivo. Peça a eles que sugiram um título para o poema da turma.
(Referência: ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. 3ed. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social; Brasília, DF: MEC, 2008.) [com adaptações]
VOCÊ PODE VER O POEMA DA TURMINHA DO PROJETO NA PÁGINA PRINCIPAL DO BLOG.
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NOSSOS ALUNOS... NOSSOS POETAS
BRINCANDO COM A PALAVRA!
A GRALHA AZUL
a gralha azul a gralha azul
a gralha azul a gralha azul tão azul
a gralha azul a gralha azul tão azul da cor do céu
a gralha azul a gralha azul tão azul da cor do céu do céu azul
a gralha azul a gralha azul tão azul da cor do céu do céu azul azul.
Aluno: Edmilson (8º ano)
BOLHA
Azul bolha
bolha azul
olha a bolha
no galho azul.
Aluna: Carolaine (6º ano)
CLARO
O dia é claro
igual a clara do ovo
o ovo é claro igual
a uma nuvem de cristal.
Aluno: Amarildo (8º ano)
FIGUEIRA
Figueira é uma cidade
mas não parece verdade
é tão pequena, fora da realidade.
Aluna: Meliane (6º ano)
AONDE VAI
Aonde vou
vou andar
em qualquer lugar.
Aonde vou, ainda não sei
mas digo que vou andar
vou andar para qualquer lugar
chova ou não chova
a única coisa que eu sei
é que vou andar
por aí.
Aluno: Emerson (6º ano)
A VIAGEM
Quando te vejo
desperta o desejo
de não se importar
na hora de chegar
e ir viajar.
Aluna: Lucilene (8º ano)
A TOALHA
Olha a toalha pendurada na calha
a toalha no banheiro
debaixo do chuveiro
A toalha amarela da cor da panela
a toalha do Sol da cor do farol
a toalha da Lua da cor da agulha.
Aluno: Bruno Pedroso (6º ano)
NO JARDIM
Quando eu vou ao jardim
o dia parece não ter fim.
Quando cheda a tarde, vou embora a fim
de no outro dia, bem cedo, voltar para meu jardim.
Aluno: Gedeone (8º ano)
O ASSOVIO
Estava no Rio
vi o Raul Gil.
Lá enchi im belo baril
lá, estava eu e meu tio
de longe ouvi um belo assovio.
Aluno: José Luiz (8º ano)
PARA O AMOR DA VIDA
Quando te vi
nunca mais te esqueci
quando te vejo
me desperta um desejo.
Aluno: Éder (7º ano)
A LUA E VOCÊ
Amo a lua
amo o luar
amo você
em primeiro lugar.
Aluno: Marcos Felipe (8º ano)
Sequência didática:
Sugestão de atividade:
Oficina: O som e o ritmo no poema...
Tempo estimado: 2 horas/aula (50 minutos cada)
Professor, você vai precisar de:
• cópias das seguintes poesias: Mar azul – de Ferreira Gullar; A onda – de Manuel Bandeira; O colar de Carolina, e A bolha – de Cecília Meireles; e Caixinha Mágica – de Henriqueta Lisboa (no final dessa sugestão).
Objetivos:
• identificar rimas, aliterações, assonâncias e repetições de versos;
• produzir poemas utilizando esses recursos;
Atividades:
Entregue as cópias dos poemas para os alunos. Como já trabalharam as rimas, peça para que as identifiquem nos poemas. Pergunte a eles o que mais eles perceberam no poema: repetição de alguma letra ou sílaba, ou até mesmo de palavras, repetição de versos. Deixe que os alunos falem e registre no quadro as informações.
Leia os poemas em voz alta, e pergunte aos alunos se observaram o som e o ritmo do poema, em seguida fale a eles que para dar essas características ao poema usamos alguns recursos. Então, escreva no quadro, junto das anotações anteriores os recursos que os próprios alunos descobriram: a repetição de vogais se chama aliteração; a repetição de consoantes, assonância; e enfatize que o escritor pode repetir, também, versos como no poema Mar azul e A onda.
Peça aos alunos que façam um poema utilizando esses recursos, observe, também, com os alunos a disposição das palavras, versos e estrofes dos poemas. Alguns são pequenos outros grandes, os versos variam de tamanho, etc.
Feito a explicação, é só escrever!!!
mar azul
mar azul marco azul
mar azul marco azul barco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul
(Ferreira Gullar)
A onda
a onda anda
aonde anda
a onda?
A onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda a onda
(Manuel Bandeira)
Caixinha mágica
Pipa pinga
pinto pia.
Chuva clara
como o dia
- de cristal.
Passarinhos
campainhas
colherinhas de metal.
Tamborila
tamborila
uma goteira na lata.
Está visto
que é só isto,
não preciso de mais nada.
(Henriqueta Lisboa)
O colar de Carolina
Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina
O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.
(Cecília Meireles)
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POEMAS E POETAS...
BRINCANDO DE POESIA
POEMAS E POETAS...
BRINCANDO DE POESIA
RIQUEZAS
Riqueza para o amante,
a noite.
Para a namorada,
um diamante.
Para a música,
um alto-falante.
Para a mamãe,
uma estante.
Para o papai,
um almoço no restaurante.
Para o ser humano,
um semelhante.
Alunos: Victor Daniel, Luiz Henrique, Marcelo Augusto, José Luiz, Alison Faria e Kawane.
AMOR
Beija-flor no calor,
procurando um amor,
avistou uma flor,
que estava em cima de um izopor
da cor do amor.
O beija-flor
só queria uma grande paixão
do tamanho do seu coração.
Alunos: Meliane, Carolaine, Larissa, Andressa Mariana, Maria Paula, Indianara e Amarildo Alexandre.
Sequência didática:
Sugestão de atividades:
Oficina: Para gostar de poesia...
Tempo estimado: 2 horas/aula (50 minutos cada)
Professor, você vai precisar de:
• diversos livros de poemas;
• um poema que você tenha lido quando criança (se lembrar);
• lápis de cor e giz.
Objetivos:
• planejar um Mural de Poemas;
• familiarizar os alunos com o gênero (poema);
• tornar o aluno mais sensível para a apreciação e leitura de poemas;
Atividades:
Inicie a aula questionando se os alunos lembram do primeiro (ou de algum) poema que tenham lido; conte qual foi a sua primeira experiência com poemas, qual foi o primeiro poema que você leu e por que gostou de tal poema. Isso os incentivará e os ajudará a iniciar a leitura de poemas.
Entregue os livros de poemas selecionados e deixe os alunos lerem à vontade. Deixe que troquem os livros, que deem sugestões de leitura aos colegas. Esse momento é dedicado para que se familiarizem com os textos.
Peça para que cada aluno registre em uma folha o poema que mais gostou; depois deixe que ilustrem o poema ou, apenas, decorem a folha.
Agora, é só montar o mural e escolher um lugar para que fique exposto.
Oficina: Fazendo rimas...
Tempo estimado:2 horas/aula (50 minutos cada)
Professor, você vai precisar de:
• folhas sulfites;
• dicionários da Língua Portuguesa;
• cópias do poema “O último andar”, de Cecília Meireles.
• conhecer as características do poema: rimas, versos e estrofes;
• escrever um poema em grupo.
Atividades:
Para iniciar, faça perguntas sobre os poemas que escolheram para fazer parte do mural. Por que escolheram esses poemas? Como sabem que são poemas? Por que eles são diferentes de uma notícia de jornal, de uma receita de bolo, de um conto ou de uma fábula? Como eles se organizam no papel? Eles preenchem todo o espaço das linhas, da margem esquerda à direita? Os versos pulam linhas? Do que tratam os poemas?
Quando for necessário, dê informações sobre poemas, rimas, versos, estrofes. Relacione o que eles já sabem com as informações novas. No final, organize e sistematize as ideias surgidas no grupo.
Para fazer rima:
Entregue as cópias do poema “O último andar”, de Cecília Meireles, aos alunos. Peça para que eles identifiquem as palavras que rimam e depois observem como estão dispostas no poema. Faça as anotações no quadro.
Escreva nas folhas sulfites as terminações das palavras, por exemplo: -ente; -ão; -ar; -er; -ir; -ando; -endo; -indo; -dade, etc.
Separe os alunos em dupla ou trio. Entregue uma folha para cada dupla/trio e peça para que escrevam todas as palavras que lembrarem que tenham a terminação determinada na folha.
Depois, leia as palavras escritas por eles e pergunte se algum aluno gostaria de acrescentar mais alguma.
Recolha as folhas. Divida a sala em grupos maiores, de 4, 5 ou 6 alunos. Entregue as folhas aleatoriamente para os grupos e peça que escrevam um poema com o tema que desejarem, mas utilizando as palavras que foram levantadas pela classe, para formarem a rima no poema que será produzido.
(Referência: Adaptado de: ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. 3ed. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social; Brasília, DF: MEC, 2008.)
Objetivos: