segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Mostra de poesia

Os alunos do Projeto Ciranda Literária montaram uma Mostra de Poesias para que a escola pudesse prestigiar e conhecer mais sobre as atividades desenvolvidas no Projeto, e também para divulgar os textos produzidos por eles. Vários professores levaram suas turmas para ver a Mostra, que aconteceu entre os dias 18 e 22 de outubro.

Fotos:











FICHAS DE LEITURA

domingo, 17 de outubro de 2010

SER POETA

Ser poeta é misturar sabores,
amizade e muitos amores.
É fazer o ritmo no coração,
é poder sair do chão.
É uma despedida,
uma saudade,
é viver de verdade.

Thayla (aluna do 8º ano)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vamos montar um jornal!

Olá, galera!!! Neste bimestre vamos escrever um jornal, aprendendo diferentes gêneros textuais de imprensa; diferentes funções e níveis de linguagem presentes nos jornais; recursos de pesquisa (como livros e internet); aprendendo a importância do trabalho coletivo e interdisciplinar.

Vamos usar nossa criatividade e elaborar matérias interessantes para os nossos leitores.

Mão na massa!!!

Poema de Mario Quintana

                Os poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

                                                  Mario Quintana

sábado, 2 de outubro de 2010

                    Livros e flores      
                 (Machado de Assis)
                                               
Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?
                             
Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
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                 O buraco do tatu
                                   (Sérgio Caparelli)


O tatu cava um buraco
À procura de uma lebre,
Quando sai pra se coçar,
Já está em Porto Alegre.


O tatu cava um buraco,
E fura a terra com gana,
Quando sai pra respirar,
Já está em Copacabana.


O tatu cava um buraco
E retira a terra aos montes,
Quando sai pra beber água,
Já está em Belo Horizonte.


O tatu cava um buraco,
Dia e noite, noite e dia,
Quando sai pra descansar,
Já está lá na Bahia.


O tatu cava um buraco,
Tira terra, muita terra,
Quando sai por falta de ar,
Já está na Inglaterra.


O tatu cava um buraco
E some dentro do chão,
Quando sai para respirar,
Já está lá no Japão.


O tatu cava um buraco.
Com as garras muito fortes,
Quando quer se refrescar,
Já está lá no Polo Norte.


O tatu cava um buraco,
Um buraco muito fundo,
Quando sai pra descansar,
Já está lá no fim do mundo.


O tatu cava um buraco,
Perde o fôlego, geme, sua,
Quando quer voltar atrás,
Leva um susto, está na Lua.
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Milagre no Corcovado
                        (Ângela Leite de Souza)


Todas as noites
de céu nublado
no Corcovado
faz seu milagre
o Redentor:
fica pousado
no algodão-doce
iluminado
como se fosse de isopor.


Mas todos sabem
que bem de perto
esse Jesus
é um gigante
de mais de mil
e cem toneladas...
Suba de trem,
vá pela estrada,
quem chega lá,
ao pé do Cristo,
vira mosquito.


E olhando em volta
para a cidade
de ponta a ponta
maravilhosa
a gente sente
um arrepio:
o milagre
é o próprio Rio!
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Cidadezinha
              (Mário Quintana)


Cidadezinha cheia de graça...
Tão pequenina que até causa dó!
Com seus burricos a pastar na praça...
Sua igrejinha de uma torre só...


Nuvens que venham, nuvens e asas,
Não param nunca nem um segundo...
E fica a torre, sobre as velhas casas,
Fica cismado como é vasto o mundo!...


Eu que de longe venho perdido,
Sem pouso fixo [a triste sina!]
Ah, quem me dera ter lá nascido!


Lá toda a vida poder morar!
Cidadezinha... Tão pequenina
Que toda cabe num só olhar...
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Pássaro livre
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Sidônio Muralha




Gaiola aberta.
Aberta a janela.
O pássaro desperta,
A vida é bela.


A vida é bela.
A vida é boa.


Voa, pássaro, voa.
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As Marias do meu lugar
                          (Carlos Victor Dantas Araújo*)
                                      
I
Minha terra é pequenina
Fica aqui no Ceará
No Vale do Jaguaribe
Alto Santo aqui está
No Comando das Marias
Que progride esse lugar
                                
II
Tem Maria sertaneja
Valente feito um trovão
Daquela que desde cedo
Faz o cultivo do chão
E a Maria tratorista
Que ajuda na plantação
                                
III
Tem Maria lá na Câmara
Que é a vereadora
Tem Maria que cedinho
Limpa a rua com a vassoura
Tem aquela que ensina
A Maria professora
                                
IV
A Maria forrozeira
Rodeia feito pião
Tem a Maria louceira
Transforma o barro com a mão
E a Maria morena
Com corpo de violão
                               
V
Maria que no mercado
Vende o quente e o frio
E a Maria lavadeira
Faz espuma lá no rio
E a Maria açougueira
Com a faca faz desafio
                                  
VI
Maria no hospital
a Maria enfermeira
Lá na fábrica de tecidos
a Maria costureira
E aqui na minha casa
A Maria verdadeira
                              
VII
Lá no altar da igreja
Maria diz o amém
Implora ao padroeiro
Para todos viver bem
A mãe do Menino Deus
Que é Maria diz também
                                      
VIII
Ah! Se em todo lugar tivesse
Assim tantas alegrias
E que fosse como meu
Nessa paz do dia a dia
Que faz o calor do sol
Dar força a essas Marias.
                                          
                                           
*Aluno finalista da 1ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro em 2008, 6º ano da E.M.E.F. Urcesina Moura Cantídio, Alto Santo - CE.